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Xavier garante apoio às ações de combate à Dengue


Secretário Gilberto Martim, apresenta situação da Dengue no Estado

Na continuidade da mobilização no combate ao mosquito transmissor da dengue e seus criadouros, no Paraná, a “Caravana contra a Dengue” liderada pelo Secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, chegou a Andirá no último final de semana. Autoridades, representantes da Vigilância em Saúde e agentes de endemia do município e da 18ª Regional de Saúde de Cornélio Procópio, participaram do encontro realizado no Cine Teatro São Carlos. Em seu pronunciamento, o prefeito José Ronaldo Xavier (PTB), destacou que a prefeitura disponibilizará todos os meios necessários para que a vigilância sanitária e os agentes de endemia realizem seu trabalho com eficácia, e que apoiará todas as iniciativas da comunidade, que visem o extermínio dos focos do Aedes Aegypti no município. No entanto lembrou que atualmente o que mais aflige a população andiraense é a constante falta de água nas torneiras. Problema que está tentando solucionar desde o início de sua administração, porém, uma representação da SANEPAR contra o município, junto ao Tribunal de Contas, está retardando a realização de licitação para  a concessão de direitos sobre o  sistema de abastecimento de água e de tratamento de esgoto. “Não fosse isso a situação já estaria resolvida”, garante Xavier.

O secretário de Saúde, Gilberto Martin, apresentou a situação da dengue no Estado, alertando sobre a possibilidade de uma epidemia caso não haja a colaboração de todos.

“O Paraná tem no momento, 150 casos de dengue confirmados, dos quais 86 são autóctones – contraídos no próprio Estado. Mas os dados mais preocupantes estão no estudo de Índices de Infestação Predial dos municípios, que estão altos. Portanto, o objetivo é uma mobilização conjunta de todos os setores da sociedade para evitar, inclusive, mortes pela doença. A 18ª Regional de Saúde, de Cornélio Procópio, confirmou dois casos da doença, em 2010. Apesar de parecer uma situação confortável, o cuidado não deve parar. “Não podemos perder ninguém por dengue”, enfatizou Martin.

O secretário de Saúde lembra que a informação é uma importante aliada para que ninguém se esqueça, porque “o comportamento da doença é cíclico, depois de um pico de casos de dengue as pessoas se cuidam, mas assim que o número de casos cai a população tende a relaxar.”

A mobilização de combate ao mosquito ocorre paralelamente em todo o Estado.

Autoridades presentes ao evento

Prefeito José Ronaldo Xavier; secretário municipal de Saúde, José Roberto de Oliveira; secretária de Ação Social, Ana Lúcia Xavier; representante da Vigilância Sanitária do Paraná, José Lúcio dos Santos; Chefe do DVIAS 18ª RS, Roberto Duscht; coordenador de Endemia da 18ª RS, André Luiz Oliveira Pacheco; e a Equipe Técnica do Combate a Dengue da 18ª Regional de Saúde: Maria Helena Mendes Luiz, Maria Aparecida Fuzanni e Alício Braganholo Neto.

O que é Dengue?

O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

O dengue clássico se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações

O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias, e o intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É só depois desse período que os sintomas aparecem. Geralmente os sintomas se manifestam a partir do 3° dia depois da picada do mosquitos.

SINTOMAS

Dengue Clássica

  • Febre alta com início súbito.
  • Forte dor de cabeça.
  • Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.
  • Perda do paladar e apetite.
  • Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
  • Náuseas e vômitos.
  • Tonturas.
  • Extremo cansaço.
  • Moleza e dor no corpo.
  • Muitas dores nos ossos e articulações.

Dengue hemorrágica

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:

  • Dores abdominais fortes e contínuas.
  • Vômitos persistentes.
  • Pele pálida, fria e úmida.
  • Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
  • Manchas vermelhas na pele
  • Sonolência, agitação e confusão mental.
  • Sede excessiva e boca seca.
  • Pulso rápido e fraco.
  • Dificuldade respiratória.
  • Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença

Transmissor

A dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquitos (Aëdes aegypti e Aëdes albopictus), que picam durante o dia e a noite, ao contrário do mosquito comum, que pica durante a noite. Os transmissores de dengue, principalmente oAëdes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis), em recipientes onde se acumula água limpa (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas etc.).

O Mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas.

Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem também durante a noite.

O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça.

Prevenção

A prevenção é a única arma contra a doença.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Fonte: Da assessoria