Educação, Assistência Social e Cultura mobilizaram ações de combate a exploração sexual infantil
A chuva impossibilitou a caminhada dos alunos da Rede Municipal de Andirá, na última quinta-feira, dia 18. O objetivo era chamar a atenção dos comerciantes e da população para um tema muito sério que é o Combate a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Os alunos se concentraram na quadra da Escola Municipal Ana Nery, onde munidos de cartazes que produziram sobre o tema mostraram o debate ocorrido nos dias anteriores, em todas as instituições de ensino. Houve apresentação de teatro, com o grupo de artistas que integram os projetos culturais da Secretaria de Cultura e explanação com a psicóloga Amanda Panyer de Godoy, coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social (CREAS).
Representantes do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Crianças e Adolescentes (CMDCA), Secretaria Municipal de Assistência Social e Ensino Profissionalizante, CREAS, Secretaria de Educação e Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação se mobilizaram para trabalhar o tema e levar informações. A data representa o Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, uma preocupação do poder público, mas que deve ser compartilhada por toda a sociedade.
A Secretária de Assistência Social, Bernadete dos Santos Meletto, falou da importância do dia 18 de maio e da semana de atividades dedicada ao tema. “Além de trabalhar com as crianças, nosso foco tem sido a conscientização e a orientação das famílias, de professores e outros agentes que estão em contato direto com as crianças e adolescentes, pois eles podem e devem estar atentos caso elas apresentem mudanças de comportamento”, detalhou a secretária.
Mas o trabalho também é direcionado à sociedade como um todo, que “precisa colaborar na proteção de nossos meninos e meninas”. Por isso, em Andirá, os alertas sobre o tema estão sendo propagado nas escolas, em espaços públicos, na imprensa. Além de cartazes e ações de divulgação, também está havendo distribuição de panfletos informativos. A secretária também abordou a necessidade de denunciar casos suspeitos de abuso ou exploração sexual, e que a ferramenta para isso é o Disque 100. Nele, o cidadão pode fazer o relato de qualquer situação de violência sem correr qualquer risco, pois que terá seu nome mantido em sigilo. Bernadete disse, ainda, que devido a chuva, a passeata e a Blitz em frente ao Cine Teatro São Carlos não foram possíveis serem realizadas. Mas que nos próximos dias, as atividades acontecerão. Também serão feitas exposições com os cartazes produzidos pelos alunos.
18 de maio
Nesse dia, em 1973, uma menina capixaba, de Vitória (ES), foi sequestrada, espancada, estuprada, drogada e assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, desfigurado por ácido. Os agressores jamais foram punidos. O movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, após uma forte mobilização, conquistou a aprovação da Lei Federal 9.970/2000 – que instituiu o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes. O objetivo é mobilizar a sociedade e convocá-la para o engajamento pelos direitos de crianças e adolescentes e na luta pelo fim da violência sexual.