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Com criatividade, entusiasmo e diversão, os bolsistas recém formados e graduandos de filosofia, história e letras da UENP, Campus FAFIJA – Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Jacarezinho vêm desenvolvendo a pouco mais de um ano, junto ao Colégio Estadual Stella Maris, de Andirá, oficinas de teatro que envolve jovens alunos tendo como ponto fundamental de ação a dinamização do trabalho de extensão e cultura. A idéia é proporcionar uma prática pedagógica apoiada na reflexão crítica que, de um lado construa o conhecimento da linguagem teatral e, de outro, seja capaz de desenvolver a capacidade do aluno de receber as impressões do mundo externo e interno, manifestando respostas pessoais adequadas.

Outro objetivo do projeto é criar espaços culturais vinculados à história local, oral e de dramaturgia, de médio e grande porte, acessível à comunidade em geral e promover apresentações teatrais em espaços não convencionais, visando difundir as atividades do projeto e democratizar este tipo de arte para as diferentes classes sociais. “Abordar nas cenas temas polêmicos como trabalho infantil, negligência em transito, drogas, machismo, futilidade e corrupção. O genial é que toda a peça é criada por eles próprios, isso torna mais gratificante o nosso trabalho como bolsistas”, salientou Kaue Pedroso Gonçalves, bolsista recém formado em filosofia. Segundo Kaue, através das atividades teatrais, os jovens adquiriram mais desenvoltura nas apresentações de seminários em sala de aula, autonomia em grupo, atenção e interesse maior pela leitura crítica e interpretativa, aguçaram o senso crítico pela realidade cotidiana, perderam o preconceito e ganharam motivação e confiança da família. “A princípio procuramos desmecanizar o corpo, ou seja, trabalhar toda a musculatura, colocando-o em vários ambientes, situações e sensações diferentes, provocando a maneira deles interpretarem a vida. Ou seja, não ficamos apenas presos na arte, nós usamos a arte pra conscientizar como instrumento de reflexão histórico-crítica, interação social e prática pedagógica”, explicou o filósofo.

Estes jovens bolsistas não obtinham nenhum antecedente teatral ou alguma experiência com artes cênicas, mas encontraram na arte de interpretar maneiras de conscientizar e gerar conhecimento que contribua com toda comunidade. Além disso, o Programa Universidade Sem Fronteiras, através deste projeto, contribui para o desenvolvimento e amadurecimento profissional dos acadêmicos de licenciatura envolvidos, promovendo a criatividade na elaboração de atividades teatrais como material didático a ser utilizado na construção de um processo de ensino/aprendizagem mais adequado à realidade das comunidades envolvidas.

Fonte: Laiz Auriglietti / Departamento de Comunicação / Universidades Sem Fronteiras