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O aparelho de emissões otoacústicas para a triagem auditiva neonatal  (Teste da Orelhinha) verifica  precocemente  deficiências auditivas em  bebês recém  – nascidos. O investimento é de 16 mil reais.

Um exame simples que pode mudar o destino de uma criança será realizado gratuitamente em Andirá :“Teste da Orelhinha” Com ele é possível  detectar   deficiência auditiva  nos recém – nascidos, no primeiro dia de vida. O aparelho de emissões otoacústicas já foi adquirido pela prefeitura e entregue pelo prefeito José Ronaldo Xavier (PTB), à secretária  de Saúde  do município, Carmem Franco Ayub Veltrini.  O exame é indolor, não machuca, não tem contra-indicação e dura cerca de 10 minutos. Com o bebê dormindo, é colocado   um fone acoplado a um computador,  em sua orelhinha.  São emitidos sons de fraca intensidade e recolhida as respostas que o ouvido da criança produz. Em seguida os resultados são avaliados por especialista que, se necessário, orienta os pais quanto aos procedimentos que devem tomar.  Após a instalação do equipamento que deverá ocorrer nos próximos dias, todas as crianças que nascerem em Andirá passarão  pelo teste  que será feito  pela fonoaudióloga  da rede municipal de saúde, Rosemary Pereira Arantes.

A avaliação  não tem objetivo de quantificar a deficiência auditiva, porém detecta a sua ocorrência o mais precocemente. Com isso facilita o desenvolvimento das habilidades de comunicação e minimiza a influência que esta deficiência sensorial tem em seu desenvolvimento global

Desde o 5° mês de gestação o bebê já escuta normalmente os sons do corpo e a voz da mãe. Escutar normalmente é condição primordial pra que a criança seja capaz de adquirir satisfatoriamente a linguagem. Estudos apontam que quando detectados e tratados com antecedência alguns tipos de problemas auditivos não proíbem que a crianças desenvolva linguagem muito próxima a de uma ouvinte. Por isso é  importante realizar o Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal, logo após o nascimento da criança.

O  exame  deve ser é realizado no mínimo 24  horas depois do nascimento do bebê, entre o primeiro e segundo dia de vida. Todos os bebês devem fazer o teste. Com ele são detectados de um a três casos a cada 1.000 recém nascidos. Número que sobe de dois a seis entre bebês que tem algum fator de risco, casos em que são detectados histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), em que fez uso de medicamentos ototóxicos, entre outros.

A deficiência auditiva é a doença mais freqüentemente encontrada no período neonatal quando comparada a outras patologias. Assim, o Teste da Orelhinha possibilita que sejam descobertas logo após o nascimento deficiências auditivas que só seriam detectadas aos três ou quatro anos e as crianças já teriam sido prejudicadas no desenvolvimento da fala e linguagem, bem como no desenvolvimento cognitivo e social.

Fonte: Da assessoria - João Campos