Prefeitura de Andirá busca solução definitiva para o lixão
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Um problema que vinha se arrastando há anos em Andirá, está sendo solucionado pela atual administração: a descarga diária de toneladas de lixo no depósito municipal, sem nenhum critério de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.
Em agosto do ano passado, o então promotor de Justiça da Comarca, Leonardo Nogueira da Silva, conferiu in loco a situação, comprovando o crime ambiental. De acordo com reportagem publicada na Folha de Andirá, o cenário era de desolação. Imensos blocos de resíduos despejados a céu aberto, pela prefeitura, formavam perfeitos criadouros de ratos, insetos e perigosos focos de contaminação que colocavam em risco uma lagoa, uma nascente e o córrego Barreirão, que passa por várias propriedades rurais. Segundo a reportagem, o lixo teria acumulado porque o aterramento que deveria ser feito pela administração pública, não estava sendo realizado.
O crime ambiental foi denunciado ao Instituto Ambiental do Paraná, pelo representante do MP e a prefeitura notificada a adequar o depósito, de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão de proteção e preservação do meio ambiente. Porém, pouco se fez.
Ao assumir a prefeitura em janeiro deste ano, o prefeito José Ronaldo Xavier (PTB), herdou o problema. Cerca de 40 mil metros cúbicos de lixo em decomposição, proliferando as indesejáveis moscas verdes, pernilongos e outros insetos, uma verdadeira ameaça à saúde pública.
A questão foi colocada em sua pauta de prioridades e, no início de fevereiro, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Viação, iniciou a obra que está transformando o velho depósito em Aterro Sanitário.
“O depósito corria o risco de ser interditado pelo IAP, tínhamos que correr contra o tempo. Mesmo estando há poucos dias à frente do Executivo e praticamente sem recursos, assumimos o desafio de implantar o novo sistema. Agora vemos a obra praticamente concluída. Finalmente o lixo coletado em Andirá, terá destino adequado. A próxima etapa será a implantação de coleta seletiva. Estamos estudando essa possibilidade. Será mais uma importante contribuição do município, na preservação do meio ambiente”, assinalou o prefeito Xavier.
“No começo foi preciso trabalhar até nos finais de semana. Tivemos que ampliar a vala existente no local, compactar e aterrar toneladas de lixo que estavam a céu aberto. Depois construímos uma nova célula com quinze metros de extensão, doze de latitude e cinco de profundidade. Tudo sem interromper o fluxo diário de coleta. Agora faremos a impermeabilização da vala e os drenos de escoamento de chorume. Todo trabalho está sendo feito baseado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas. Com esse sistema de confinação do lixo evitaremos a poluição ambiental e a proliferação de insetos e animais transmissores de várias doenças”, explicou o secretário Renato Cezar Martins, responsável pela obra.