Quem ganha e quem perde com a Gripe A

Fabricantes de álcool em gel e farmácias são
os mais beneficiados coma nova gripe

A epidemia mundial de Gripe A (H1N1) tem provocado diferentes efeitos na economia. Há quem ganhe e quem perca com o surto da doença, de um lado estão os produtores e comerciantes de álcool em gel, máscaras e as videolocadoras, do outro estão os clubes sociais com alguns setores fechados, os eventos cancelados, as aulas paralisadas e restaurantes e bares com menos movimento.

As empresas que mais faturam com a nova Gripe A, são as que fabricam álcool em gel. O produto que é o mais indicado na prevenção da doença, teve aumento de 90% na produção desde o início da epidemia. As farmácias, por consequência, obtiveram o mesmo aumento nas vendas e com o aumento na demanda o preço também subiu e os clientes têm sido explorados. Um litro de álcool em gel que custava aproximadamente R$ 3,50 é encontrado por até       R$ 25,00. De acordo com a farmacêutica Claudilene Dalaqua, o produto que está escasso é encontrado com muita dificuldade. “Os fabricantes estão repassando o álcool com valores altos e não temos como manter o mesmo preço”.

As farmácias de manipulação também passaram a lucrar com a doença. Em Andirá, a Farmácia Seiva da Terra que antes não produzia o álcool começou a comercializá-lo devido a grande procura. “Antes da Gripe A somente em casos muitos específicos havia procura pelo produto, hoje estamos produzindo um alto número do produto, até embalagens estão faltando”, disse a proprietária Juliana Zacarelli.

Com a suspensão das aulas e seguindo orientação de especialistas para ficar mais em casa, a população tem frequentado ainda mais as videolocadoras. A alternativa de diversão tem proporcionado aumento na locação de DVD’s que beneficia o setor.

Perdas

Em Bandeirantes, o surto da doença provocou o cancelamento de show, colação de grau, festa tradicional e de eventos esportivos. A medida de prevenção também diminuiu o movimento em restaurantes e bares fechados.

O Clube de Campo de Andirá, também seguiu as recomendações da Secretaria de Saúde e suspendeu as atividades na sauna e academia. “A precaução é essencial nesse período, vamos manter a decisão até as autoridades competentes decidirem que é necessário”, explica o presidente do clube, Ulisses Gorski.

A população não está perdendo só com a falta de lucro ou diversão, também perde com a falta de aulas, que foram suspensas desde o dia 30 de julho, como forma de prevenção à Gripe H1N1. O retorno das aulas está previsto para o próximo dia 17.