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Decreto permite acompanhamento policial para inspecionar imóveis fechados e terrenos, caso  proprietários não colaborem

O prefeito de Andirá, José Ronaldo Xavier (PTB), decretou estado de alerta no município, em razão do surto de dengue que ocorre no País. A cidade de pouco mais de 22 mil habitantes já registrou 31 casos da doença neste ano. O decreto que entrou em vigor na terça–feira (06), por tempo indeterminado, permite à prefeitura tomar medidas rápidas em relação à dengue, como a compra de materiais e equipamentos utilizados pelos agentes endêmicos, sem ter que esperar por licitações;  acompanhamento policial para permitir a entrada obrigatória da equipe de combate ao “Aedes Aegypti” e seus criadouros, em residências fechadas e terrenos baldios, caso os donos se recusem a colaborar.

O decreto estabelece ainda que na existência de focos do mosquito em terrenos, construções e casas abandonadas, os proprietários dos imóveis sejam notificados pela autoridade sanitária e autuado pelo departamento de fiscalização da prefeitura. Os valores das multas variam de            R$ 200,00  a  R$ 510,00, de acordo com a gravidade do caso.

No sábado (03), cerca de 40 pessoas entre agentes de endemias e funcionários dos setores de saúde e limpeza pública, realizaram uma mega operação contra o mosquito e seus criadouros, nos Jardins Itália e Horizonte e nos conjuntos: Virgínio Rosário, Nelson Giroldo e Caigangues. Os trabalhos foram acompanhados pelo então Secretário Municipal de Saúde, José Roberto Oliveira, e pelo coordenador do setor de endemias do município, Sebastião Mata e Silva. Várias residências foram vistoriadas e seus moradores orientados sobre os cuidados com a doença. No quintal de uma casa na Av. Major Barbosa Ferraz Junior, os agentes encontraram dezenas de larvas do inseto numa poça d’água acumulada numa lona plástica. Dias antes, próximo ao local, já havia sido encontrado grande quantidade de larva na piscina de uma residência desocupada.

De acordo com José Roberto, a prefeitura está tomando todos os cuidados para conter o surto, mas sem a colaboração da população os esforços são inviáveis, já que, segundo o Ministério de Saúde, 50,3% dos criadouros do mosquito da dengue estão localizados em depósitos domiciliares, como pratos e vasos de plantas, ralos, lajes e piscinas. Outros 31,8% dos criadouros são achados em meio a lixo abandonado, e 17,9% em caixas d’água, tambores, tonéis e poços.

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 e 100 milhões de pessoas sejam infectadas, por ano, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização. A doença mata 20 mil pessoas, a cada ano, em todo o mundo.

Fonte: Da assessoria